terça-feira, 30 de maio de 2017

Dicas para Feminilizar seus Movimentos

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A maneira como você anda, se move e se comporta,faz  parte da sua imagem feminina.

Mas  se você sente que tem toda a graça de um motorista de caminhão?   e está Feliz por isso… não leia esta matéria.

A boa notícia é que existem algumas técnicas simples para feminilizar, seus movimentos corporais.

Vamos falar sobre como ter gestos e comportamento mais elegantes e femininos

Aqui estão algumas Dicas:


*A maioria de nós têm uma tendência natural para acelerar os nossos movimentos quando se sentir nervoso ou auto-consciente. Isso faz com que suas ações apareçam desajeitadas.

Evite movimentos apressados. Mesmo sendo Natural, preste atenção em algumas atitudes, que poderá ter:

  • Andar apressadamente

  • não se manter, ereta e confortável, em sua cadeira

  • Devorando sua comida

  • Gesticulando com brutalidade,

Em vez disso, Aja devagar! Permita-se viver esses momentos femininos, com intensidade.

Sem pressa…

Cada movimento que você faz deve ser deliberado e preciso. Respeite seu tempo, para como se sentar, ficar de pé, o gesto, e chegar até as coisas.

Calma… nao se esqueça que quando estamos na situação de Femmé, os olhares se voltam mais atentamente à nós.

 

*É fácil  ser desajeitado ,quando seus membros estão espalhados por todo o lugar. Mantendo os cotovelos perto de seu corpo irá imediatamente fazer com que seus gestos, sejam mais graciosos.

Pernas cruzadas e sempre fechadas, mantendo seus joelhos juntos,sao atitudes e gestos importantes, inclusive, para nao parecer vulgar.

 

*É impossível mover-se graciosamente, se você tem um corpo tenso e apertado. Essa é uma razão pela qual os dançarinos gastam tanto tempo de alongamento.

Alongando -se, você fará com que seu corpo saia da tensão, e voce ficará mais solta, inclusive nos  gestos, mais simples.

Você também deve fazer alongamento parte da sua rotina normal – particularmente antes de apresentar-se como uma mulher. Aqui está uma rotina de alongamento 10 minutos de corpo inteiro que você pode tentar:


*Tenha em mente algo muito importante…voce deve se sentir tranquila, socialmente,movimentos nervosos, nao a ajudarão a se livrar das inquietudes..

por isso evite movimentos nervosos como:

  • Ficar “batendo” seu cabelo, de um lado e de outro,

  • Roer as unhas

  • Agitando suas pernas

  • ou qualquer outro movimento compulsivo

Em vez disso, praticar a arte da quietude, lhe trará graciosidade! Você vai olhar confiante e mantendo controle de si mesma.

*Muitas vezes, quando observamos , mulheres que consideramos, ícones, nos faz, imita-las, mesmo mantendo nossa essência e personalidade


Há muito a ser aprendido com o olhar à outras mulheres, as mulheres elegantes. Preste atenção à forma como se movem e portam em público.

Veja o vídeo abaixo :

um exemplo fabuloso do sempre gracioso Marilyn Monroe. Observe como elegantemente ela se senta e fica, como deliberada seus gestos são, e como ela nunca deixa de manter os joelhos juntos.

*Movimentar o corpo, faz muita diferença, no dia a dia.

Elasticidade, e dinamismo de movimentos..

A Dança nos faz ser naturalmente graciosas… levemente femininas

Se você leva realmente a sério, sobre como se tornar uma mulher graciosa, elegante, então eu recomendo: tenha aulas de dança. A graça e coordenação que você irá aprender através da dança transitará, em sua vida, do dia-a-dia.

Qualquer tipo de aula de dança é útil, seja ele de dança do ventre, salsa, ou ballet.

Se você é tímido sobre a prática de se tornar uma Mulher, ter aulas de salsa, mesmo no “modo masculino” ,fará com que voce obtenha, alguma diferenciação impressionante nos movimentos!

Acredite.. haverá toda uma transformação natural.. até no andar de saltos altos…


*Finalmente, lembre-se de que ser graciosa requer prática. Eu recomendo praticar seus movimentos e gestos na frente de um espelho. Ou, melhor ainda, gravar um vídeo de si mesmo para que você possa avaliar seus movimentos objetivamente.

Aqui estão alguns movimentos específicos para a prática:

  • sentando-se

  • Levantando-se

  • Gesticulando como você fala

  • Agitando as mãos (ou fazendo o beijo do ar)

  • Modos à mesa

  • Entrar e sair de um carro

*Você pode não ser capaz de mudar a sua altura ou a forma geral do seu corpo, mas a boa notícia é que você pode ter controle sobre os movimentos do corpo.

No mínimo será divertido!Se tornar uma Mulher mais elegante

*E não se esqueça de algo, que nos dias de hoje, muitas, não dão importância, mas é vital a nos relacionarmos com a sociedade em geral:

“MUITO OBRIGADA”… “COM LICENÇA”.. “POR FAVOR”…”PRAZER EM CONHECE-LO”.

Afinal educação e bons modos não tem Sexo!





crossdresser movie

TRANSGÊNEROS na mídia

Num país altamente machista e transfóbico como o nosso, não é de se estranhar que a questão transgênera continue a ser tratada de maneira tão superficial, preconceituosa e vulgar pela mídia em geral.
De olho no mercado, reportagens oportunistas continuam mostrando pessoas transgêneras como se fossem atrações de museu de cera itinerante, curiosos exemplares de “desvios sexuais”, dispostos entre galinhas de três pernas e genitálias deformadas por doenças venéreas, dentro de velhos ônibus aposentados, escuros e mal-cheirosos. O circo assim montado tem o claro propósito de despertar um misto de pasmo (ooooooooh!), horror (cruuuuuzes!) e repúdio (que absurdo!) em um público hipócrita e preconceituoso, que faz questão de reafirmar sua “normalidade”, “moralidade” e “temência a Deus”, ao mesmo tempo em que procura ávido por qualquer traço de pornografia capaz de “apimentar” seu gozo medíocre de cada dia.
Por displicência profissional ou mera conivência com a intolerância e o preconceito, jornalistas mal-preparados, mal-informados e muitas vezes mal-intencionados, jamais descem ao mundo real da transgeneridade, onde nada existe do glamour, do gozo ou das orgias que descrevem em suas reportagens. Apenas o choro e o ranger de dentes de pessoas cuja liberdade de expressão é sistematicamente negada, que não têm sequer o direito de manifestar livremente a sua própria identidade de gênero.  
Sexo vende. Essa é uma regra jornalística, raramente explicitada, mas abertamente praticada em todas as redações de todas as mídias de todo o mundo. E quanto mais lascivo, apimentado, decadente e pornográfico, melhor. Sexo que desperte o tesão de pessoas comuns, vivendo de maneira miseravelmente comum, irremediavelmente trancadas no seu mundo de bloqueios, repressões e fantasias recalcadas. Como esses trogloditas insanos, a quem os comerciais de TV oferecem mulheres fantásticas em latas de cerveja para que se embriaguem nos botequins do mundo, depois de vencerem as intempéries de mais um dia.
Talvez a mídia tenha razão em investir apenas nos aspectos mais vulgares e pitorescos da transgeneridade. Noite após noite, o que mais transparece da transgeneridade é a vida bandida das travestis que fazem ponto nas esquinas do mundo, vendendo o sexo do sonho dos outros pra custear a dura realidade das suas próprias vidas. Elas, saídas invariavelmente dos extratos mais pobres da população (melhor seria dizer “expulsas”), encontram  na sexualidade masculina reprimida e insatisfeita, a única porta escancaradamente aberta aonde expressar não apenas a sua identidade transgênera mas a imensa criatividade e potencial de trabalho que são sistematicamente impedidas de mostrar em outras áreas de atividades.
É evidente que a transgeneridade não se restringe ao mundo das travestis de rua. Qualquer pessoa minimamente informada sabe que a transgeneridade não está presente apenas nas baixas camadas de renda da população, que está longe de ser apenas mais uma das “anomalias sociais” atreladas à pobreza. Há pessoas transgêneras em todas as camadas da população, em todas as faixas etárias, em todas os ofícios e profissões, em todas as religiões, mesmo aquelas que mais se orgulham de não possuir pessoas transgêneras entre seus ortodoxos seguidores…
Curiosamente, as pessoas transgêneras no topo da pirâmide também se tornaram presença frequente na mídia. Só que, ao contrário das travestis de rua, sempre vinculadas nas reportagens a coisas como prostituição, promiscuidade, delinquência e comportamento escandaloso em público, as pessoas no topo da pirâmide são apresentadas como revolucionárias, criativas, inovadoras, sofisticadas e glamurosas nas práticas que adotam para expressar sua identidade transgênera.
São exatamente essas extremidades que aparecem nos nossos tendenciosos (e maliciosos) meios de comunicação: – as travestis, bem na base da pirâmide, por suas peripécias sexuais em nome da própria sobrevivência e os “crossdressers” e “transexuais” no topo da pirâmide. Os crossdressers pelo seu excêntrico hobby de “se vestir de mulher”, como o ex-prefeito de Nova York, Rudolf Giuliani,  e as transexuais por suas dispendiosas transformações físicas, envolvendo caríssimos tratamentos e procedimentos cirúrgicos.  
É inegavelmente mais confortável ser uma pessoa transgênera nos extratos mais elevados do que na base da pirâmide social  (como, de resto, ser qualquer outra coisa nesse mundo…). Não que, pelo fato da pessoa ser rica, desapareçam instantaneamente os problemas de cerceamento à sua liberdade de expressão. Porém, com mais recursos financeiros à disposição, fica muito mais confortável expressar a própria identidade transgênera, seja de maneira pública ou de modo inteiramente privado. Se uma pessoa rica assumir publicamente a sua identidade transgênera, será no máximo considerada “excêntrica”. Embora o seu “perfil burguês” possa sofrer algum arranhão superficial, é altamente improvável que o seu status socioeconômico seja duramente afetado, com consequências como perda de emprego e resultante penúria financeira. Da mesma forma, se uma pessoa rica optar por manter em sigilo a sua identidade transgênera, poderá dispor de local, alugado ou próprio, ou ainda deslocar-se livremente para lugares distantes da sua comunidade de residência a fim de expressar, livre e confortavelmente a sua identidade. 
As pessoas das classes intermediárias da sociedade é que padecem do verdadeiro desconforto e sofrimento que é ser transgênero numa sociedade ainda amplamente hostil à diversidade de gêneros. Transgênero de classe média é como cabeça de bacalhau, que todo mundo sabe que existe mas que ninguém nunca vê, nunca viu. Trata-se de um grupo que sobrevive como pode, ao “deus-dará”, inteiramente sem rosto e sem voz, mergulhados em tantos pavores absurdos que o terrível medo de ser descoberto chega a ser o menos assustador. No dia-a-dia, devem reprimir e recalcar, sem piedade, a expressão da sua identidade de gênero, ato que, se fosse realmente livre como prevê a constituição, levaria muitos a se vestir exclusivamente com roupas do gênero oposto ao seu. A questão é que todos – por preconceito e desinformação da sociedade quanto ao fenômeno da transgeneridade – precisam manter a fachada de respeitáveis cidadãos da classe média, sem a qual poderiam ter os seus próprios meios de subsistência seriamente comprometidos, sem falar no qui-pro-quó entre familiares, colegas de trabalho, amigos e inimigos se sua personalidade transgênera viesse a ser revelada.
Tradicional reduto de reacionarismo e atraso, é na classe média que se articulam as maiores resistências em defesa de valores humanos burros e superados que, por serem a base de funcionamento disso-tudo-que-taí, são cuidadosamente cultivados nas mentes das pessoas pelas forças conservadoras da sociedade.
Embora não seja visto nem sequer mencionado nas bombásticas reportagens da mídia mercantilista, é nesse vasto extrato social da classe média que se encontram os nichos mais numerosos e representativos de pessoas transgêneras. Possuir uma identidade transgênera, na classe média, costuma ser um verdadeiro inferno para o infeliz ou a infeliz possuidora. Sim, porque não existem apenas pessoas transgêneras homens: – as mulheres também vivem – e como vivem – o drama da transgeneridade.
Diante da franca repulsa, da zombaria, da possibilidade de exclusão nos atos mais simples e elementares da vida em sociedade, a maioria das pessoas transgêneras de classe média simplesmente se ocultam, chegando até mesmo a negar e renegar publicamente a sua condição, se eventualmente questionados a respeito. 
Os valores relacionados a gênero são extremamente fortes e arraigados dentro da classe média. Por medo, vergonha e culpa de ferir as sagradas normas da masculinidade expondo a sua condição transgênera, a maioria das pessoas assim deixam simplesmente de existir. Viram fumaça, numa realidade triste e esfumaçada onde, na prática, ser transgênero continua sendo crime hediondo e inafiançável, embora, no discurso politicamente correto (ou nas reportagens glamurosas da mídia) apareça como “revolução” irreversível que já é amplamente aceita pela sociedade… Por outro lado, muitos homens trangêneros da classe média mantêm relações estáveis com namoradas, noivas e esposas, quase sempre muito conservadoras no quesito da masculinidade dos seus maridos, que deve traduzir-se em vestuário másculo, sério e despojado, exatamente o contrário do vestuário com que pessoas transgêneras desejam apresentar-se ao mundo.
Sendo, de longe, o segmento mais amplo e diversificado do universo transgênero, o drama de pessoas transgêneras de classe média jamais recebeu nenhum tipo de atenção por parte da mídia, como tampouco foi objeto de algum estudo acadêmico a respeito de gênero, embora eles se avolumem a cada ano que passa.
Para todos os efeitos – práticos e políticos – esse “batalhão de transgêneros de classe média” realmente não existe. Não há qualquer prova física palpável da sua existência além de metafísicas “personas virtuais” e endereços de email que aparecem e desaparecem instantaneamente.  Ou seja, os poucos que se arriscam a manifestar sua presença nesse mundo, fazem isso de modo exclusivamente virtual, na calada da noite, completamente apavorados diante da menor possibilidade de vir a ser descobertos.
Ainda não apareceu na mídia brasileira nenhuma reportagem isenta, séria e honesta sobre as dimensões atuais do fenômeno transgênero em nosso país. É preciso divulgar a realidade nua e crua da enorme população transgênera de classe média, que vive enclausurada num mundo de tormentos, e cuja existência não tem nada do glamour, do sexo ou da orgia que a mídia insiste em focalizar como emblemas do mundo transgênero.

5 Descobertas Essenciais Na Arte do Crossdressing


1. Cultivar e desenvolver o meu próprio Estilo de Ser
Crossdressing é, antes de mais nada, Estilo de Vida, diga-se de passagem um estilo altamente incompatível com a maioria dos procedimentos típicos adotados pelos homens em geral.
Ainda que a CD viva “en femme” apenas de quando em vez, seus valores e hábitos de homem nunca deveriam chocar “gritantemente” com a sua condição transgênera, SOB PENA DESSE HOMEM JAMAIS CONSEGUIR MIMETIZAR A FIGURA DE UMA MULHER!!!
Hoje eu tenho clara consciência que a coisa mais importante para uma pessoa transgênera é desenvolver – e cultivar – o seu próprio estilo de ser.: – um modo próprio de pensar, de agir, de se comportar, de frequentar ambientes, de conviver com outras pessoas, de dizer “eu existo”, “eu sei a que vim” e “eu estou aqui”.
Estilo de ser é muito mais, mas muito mais mesmo, do que estilo de se vestir e de se maquiar como mulher. Digo, aliás, que o estilo de uma cd se produzir, com roupas, calçados e maquiagem, é sempre UMA MERA consequência do seu estilo de ser.- e não o contrário, como muita gente imagina.
Um Estilo de Ser compreende aspectos estruturais na vida de uma pessoa. Aspectos que vão desde hábitos, práticas e preferências pessoais – inclusive sexuais – até crenças, valores, posturas, comportamentos e relacionamentos interpessoais.
Invariavelmente, quando a gente inaugura o crossdressing em nossas vidas, quer dar vazão a algum “estereótipo” de mulher “que a gente não tira da cabeça”. Esses “estereótipos” podem e devem ser respeitados como importantes pontos-de-partida para o nosso crossdressing, pois é vivenciando-os que vamos conseguir compor, pouco a pouco, a nossa “persona feminina. Eles podem variar de “cheap street lover” a “high tech woman”, com escalas em “clubber girl”, “lady madonna”, “cachorra” ou “Dama de Camafeu”.
Mas Estilo é muito mais do que qualquer um desses tipos estereotipados de mulher que, no início do nosso crossdressing, a gente quer (precisa e deve!) incorporar e mostrar ao mundo. A menos que a gente queira manter o nosso travestismo no nível mais pobre e menos recompensador que ele tem a nos oferecer, que é justamente esse de compor e mostrar ao mundo “uma figurinha carimbada” de uma série por demais conhecida e explorada.
Estilo é trabalho de muita construção pessoal – tanto interior quanto exterior – e necessariamente nessa ordem, porque são as mudanças externas que devem resultar das mudanças internas. O contrário, quando acontece, é sempre de maneira traumática.
2. A roupa mais adequada para o meu Estilo de Ser
Roupa jamais será questão de preço – mas de ESTILO. Uma vez que eu descubra – e cultive – o meu próprio estilo de ser – eu me torno naturalmente capaz de decidir o que vou usar, como usar e onde usar, sem nenhuma preocupação com opiniões alheias. Também, se eu sei o que eu quero, o que fica bem em mim de acordo com as minhas escolhas e decisões, sou capaz de descolar roupas incríveis até em balaios das Lojas Americanas e em brexós perdidos num subúrbio qualquer.
Ao contrário, sem ter – nem saber – qual é o meu estilo, posso gastar de rios de dinheiro que, ainda assim, os resultados finais serão sempre decepcionantes – para mim e para os meus “expectadores”.
Enquanto não está estruturado em torno do seu próprio eixo, ou seja, enquanto não é capaz de praticar o seu crossdressing SEM MEDO NEM CULPA DE SER FELIZ, a CD acaba comprando tudo que não precisa – e quase nada do que é realmente lhe seria necessário para uma boa produção. Isso porque, sem ter noção do que a gente quer, sem ter pelo menos o “esboço de um estilo pessoal”, a gente compra muito no impulso, muito com base no que vê e acha que vai ficar bem na gente. Ou compra aquele tipo de roupa que a nossa “fantasia do que é o feminino” nos inspira a comprar… que não raro são peças lindíssimas… de sex-shop… Ou compra a primeira peça que consegue pegar na arara de uma loja de Departamentos, morrendo de medo que alguém tenha visto a gente cometer esse “crime terrível”. Ou compra simplesmente porque a vendedora fui super agradável com a gente, porque nos acolheu super-bem ou disse que a gente estava simplesmente maravilhosa naquele vestido “tubinho” de R$700,00 fazendo força para cobrir um “tubão”, mesmo que para isso deixasse à mostra todas as nossas “banhas excedentes” (e até as banhas normais…) Mas a gente se sentiu tão acolhida na mão da vendedora, né?
Depois, quando chega em casa, é hora de descobrir, completamente desolada, que nada combina com nada que a gente já tem ou que porventura venha a ter!!! Isso quando a gente, pelo menos, consegue “entrar” novamente dentro da peça…
Para escapar desses “acidentes de percurso”, tão típicos na vida de cds até veteranas, a melhor dica que conheço é olhar todos os desfiles de moda e lançamentos da estação. Eu olho, olho, olho. Quando eu acho que alguma produção combina comigo, com o meu estilo de ser, eu copio a imagem e colo numa pasta que eu chamo de “modelos”.
Nem precisa comprar revistas caras. Na própria internet, a gente encontra facilmente todos os grandes desfiles de moda da Europa e dos EUA. O melhor site que conheço é o www.style.com. Embora seja preciso, no mínimo, algumas “horas” pra ver, pelo menos, uns dez por cento dos desfiles disponíveis no site, juro que a gente sai recompensada mesmo com o pouquinho que vê.
De quebra, ao olhar tanto desfile, a gente acaba aprendendo um monte de coisas sobre postura feminina – o grande “calcanhar de aquiles” de toda CD.
3. O valor do cabelo na aparência geral de uma pessoa
Não é a toa que 11 entre 10 mulheres GG passam a vida inteira às voltas com seus cabelos. A verdade é que cabelo é tudo e cabelo muda tudo no visual de uma mulher.
Um dos maiores crimes estéticos praticados pela sociedade contra os homens é justamente não permitir que eles escolham os cabelos que querem ter. Os homens são interditados até de usar peruca!!!
Descobri que a escolha da peruca é o primeiro passo para uma boa montagem. Eu só decido a roupa que vou usar depois que escolho a peruca que vou usar ou o “jeito” que eu vou dar no meu cabelo. Cabelo faz toda a diferença. Tem roupas – e até calçados!!! – que simplesmente não combinam, de jeito nenhum, com certos cortes de cabelo, penteados ou perucas!!!
Por incrível que pareça, os principais “defeitos técnicos” das perucas usadas por CDs não estão relacionadas com a cor dos cabelos. Não há problema nenhum em louras usarem peruca morena ou morenas usarem perucas que louras, a menos que a produção final “force” demais a barra e desde, é claro, que esse não seja exatamente o propósito da produção: – balançar o coreto!
Fui aprendendo que os verdadeiros pecados de uma peruca são:
1 – cabelo achatado no alto da cabeça, dando a impressão de que a pessoa passou as últimas horas carregando uma lata d’água bem ali.
2 – peruca colocada muito alto na linha da testa, quase deixando (ou deixando mesmo) à mostra os cabelos naturais da pessoa.
3 – peruca colocada muito abaixo da linha da testa, parecendo que a pessoa está usando não uma peruca, mas um chapéu.
4 – peruca colocada completamente solta sobre o couro cabeludo, sem o auxílio de uma rede e/ou de grampos, que faz com ela “dance” no couro cabeludo, produzindo deslocamentos simplesmente ridículos
5 – perucas nitidamente menores do que a cabeça da pessoa que, além de se denunciarem à primeira olhadela, dão um aspecto de que a cabeça da pessoa encolheu.
E, finalmente,
6 – perucas de (muito) má qualidade, que deixam antever facilmente a linha da testa ou a própria “trama” dos fios no alto da cabeça.
4. Aprender a fazer a minha própria maquiagem (auto-maquiagem)
Da mesma forma que uma peruca é capaz de estragar toda uma produção, uma maquiagem adequada pode ser a “salvação da lavoura” de uma crossdresser”. A maquiagem, quando bem feita, é capaz de enriquecer a produção mais pobre (como também, em menor escala, empobrecer uma ótima produção nos demais quesitos de roupa, calçados e adereços).
Embora sejam terrivelmente decepcionantes as nossas primeiras tentativas de nos auto-maquiar, esse é um aprendizado fundamental na vida de uma CD. É sempre um grande desafio, e por isso mesmo uma arte ancestral, a criação de uma figura de mulher a partir da matéria prima nada favorável de um rosto de homem.
Os personagens femininos do teatro Kabuki, no Japão, são até hoje vividos por homens, que passam horas à fio se maquiando para oferecerem ao público a ilusão de que são mulheres. Toda vez que vou me maquiar, gostaria de pensar que estou me preparando para viver uma personagem do teatro kabuki e que, portanto, devo cuidar de detalhe com o maior esmero possível. Entretanto, isso quase nunca é possível, para dizer a verdade. Senão eu acabo chegando à meia noite em todos os meus encontros – isso se eu não ficar presa na frente do espelho até as duas da madrugada…
Além do mais, maquiar é um atributo feminino por excelência, de modo que o seu aprendizado e cultivo me trouxe adicionalmente a oportunidade de penetrar nuances muito específicas da vida de uma mulher: paciência, senso de proporção, observação, atenção e… sensualidade.
Aprender a me maquiar foi um dos grandes momentos da minha vida de crossdresser. Só me dei conta de que eu já tinha adquirido um “senso de liberdade de ser mulher” quando me senti
basicamente seguro e capaz de escolher e usar os meus próprios tons de sombra.
Na minha lista de produtos de maquiagem eu não deixo faltar de jeito nenhum os seguintes itens:
a) CINCO produtos de preparação da pele
1. creme hidratante facial
2. loção revitalizante
3. corretivo líquido
4. base
5. pó compacto
b) OITO produtos de maquiagem propriamente dita
1. lápis de olho
2. lápis de sobrancelha
3. sombra clara e escura, dentro do mesmo tom
4. delineador líquido
5. rimmel
6. blush
7. lápis de contorno de lábios
8. batom-gloss
Em complemento, não deixo faltar no meu estojo pelo menos três ótimos pincéis, de cerdas bem macias e da melhor qualidade possível (em pincéis não se deve poupar), sendo um largo, um médio e um fino.
Aprendi a me maquiar me maquiando. Não acho que haja outra maneira da gente aprender. Se não puder ser ao vivo e em cores – a melhor escola – sugiro navegar no site www.http://www.taaz.com/makeover.html , onde é possível fazer inúmeras simulações combinando cores de cabelo, tipos de penteado, batom, sombra. Uma vez eu fiz até o upload da minha foto para treinar em cima dela. Mas quem não quiser fazer isso, pode usar qualquer uma das fotos que existem na galeria do site, preferencialmente de alguém com um formato de rosto semelhante.
5. Sentir-me feliz e realizada com os resultados que alcancei com o meu crossdressing
Vez por outra, toda CD se sente abatida e desolada por não conseguir expressar, através de suas montagens, todos os atributos físicos da mulher que tem “como modelo da mulher que deveriam ser”.
Muitas vezes eu já me senti assim. Mas descobri que o único modelo de mulher que eu posso representar é o meu mesmo ou seja, eu mesma. Só posso ser o que eu sou, do jeito que eu sou e agradecer a todas as oportunidades que eu tenha de manifestar a minha transgeneridade, por tanto tempo duramente sufocada pelo mundo à minha volta. Como também agradecer por ter aprendido que a minha “mulher de fora” é apenas o reflexo do meu “eixo feminino” interior. E esse “feminino interior” que eu devo cultivar. É na construção e manutenção desse “eixo interior” que eu devo trabalhar, se quiser progredir como ser humano. O meu crossdressing é apenas instrumento para isso.
Todas devíamos ter idéia do tamanho da conquista que estamos realizando em nossas vidas. Para mim, não houve vitória maior na minha jornada existencial como homem, conforme fui classificado ao nascer, do que vencer a tremenda barreira que me separava da minha própria feminilidade, superando o imenso estigma social que me impedia de me vestir como mulher e de exercer papéis sociais considerados próprios da mulher.
A mulher, há muito tempo, aprendeu a fazer isso e o resultado está aí para ser visto, a olho nu, por todos que ainda duvidam da força imensa que é libertada quando se livra da ditadura do gênero. Talvez a maioria de nós não se dê conta de que, os nossos sofrimentos para sair do armário talvez sejam as dores do parto de uma nova dimensão humana: – a dimensão trans-gênera.
A prática de crossdressing é, sem dúvida, um dos aspectos mais ricos da personalidade transgênera. Acho simplesmente maravilhoso eu ter aprendido e estar podendo representar socialmente um papel totalmente oposto àquele que me obrigaram a aceitar em função do meu sexo genital. E mais: – ter conseguido fazer isso sem que ter que chutar o pau de (quase) nenhuma barraca…
Quanto mais eu consigo fundir as minhas “partes naturais” que a sociedade obrigou-me a manter separadas uma da outra por tanto tempo, mais eu percebo um crescimento da minha aceitação pelas outras pessoas e o reconhecimento delas de que eu sou alguém único nesse mundo. Mas não é isso que todos nós somos? Únicas? Por que, então, essa “compulsão” para ser monotonamente igual a todo mundo?
Talvez seja exatamente isso que respeitam em mim: – a minha determinação de ser o que eu sou, diferente de quem quer que seja, por mais que parecer “igual” pudesse resultar para mim em ganhos materiais.
Poucas coisas nesse mundo me deixam tão feliz quanto poder expressar a minha própria mulher, que hoje, posso dizer, não existe mais apenas “dentro” de mim, mas já se tornou “parte de minha própria pele” – e como! Somos dois em um e os dois não são absolutamente distintos um do outro: – a separação é meramente didática, para que eu possa minimamente continuar transando com a sociedade à minha volta.
O importante é continuar celebrando todo e qualquer avanço conseguido na libertação da “inteireza do meu ser”. Ficar, cada vez mais parecida comigo mesmo ou parecido comigo mesma.
Letícia Lanz
08-07-2009

Como usar maquiagem para transformar um menino em uma menina

Nos últimos 50 anos, ou por volta disso, linhas de gênero nos Estados unidos têm sido escondidas e, em alguns casos, quase apagadas. Já se foram os dias de homens viris e garotas femininas; de "drag queens" a "bois"; as pessoas estão definindo a si mesmas pelo seu gênero psicológico e não somente por seu gênero sexual. Essa mudança é especialmente evidente na cultura popular, à medida que mais e mais modelos estão mostrando um galomuroso visual andrógeno. Em alguns casos, é impossível dizer quando são meninas ou meninos. Se você é do sexo masculino e quer ter um visual do sexo feminino, alguns passos sobre maquiagem irão ajudá-lo a começar.



O que você precisa?

  • Limpador facial
  • Creme de barbear
  • Navalha
  • Hidratante
Lista completa

Instruções



    Prepare seu rosto

  1. 1
    Escolha as cores de maquiagem que são agradáveis e apropriadas para a ocasião. Combine base e pó com seu tom de pele colocando um pouco em seu pulso e misturando bem. A cor certa irá desaparecer em sua pele. Para o dia-a-dia, use um visual neutro com marrom, cinza e outras cores discretas. Você pode escolher algo mais claro para a noite ou evento. Homens com pele mais escura podem usar cores mais ousadas que seus irmãos de pele clara.
  2. 2
    Lave bem seu rosto com um limpador facial suave. Seque, mas não esfregue; isso poderia irritar a pele.
  3. 3
    Barbeie-se com um creme de barbear de boa qualidade e uma lâmina afiada.
  4. 4
    Enxágue com água fria e seque.
  5. 5
    Aplique hidratante em todo seu rosto e deixe absorver por vários minutos antes de aplicar a maquiagem.

    Crie a base

  1. 1
    Aplique a base igualmente em todo o rosto com seus dedos ou com uma esponja de maquiagem. Certifique-se de misturar bem na linha do queixo e do cabelo de modo a evitar uma linha de demarcação. Se você possui uma sombra em seu queixo mesmo depois de se barbear, você precisará usar um pancake ou uma base cremosa ao invés de uma base líquida.
  2. 2
    Aplique o corretivo mais escuro em suas maçãs do rosto e ao redor da linha do cabelo em sua testa. Utilize esse corretivo em qualquer lugar que você queira minimizar algo, como nas laterais do nariz ou ao redor da base da mandíbula. Misture bem, a fim de evitar quaisquer linhas.
  3. 3
    Aplique o corretivo mais claro nos locais que você deseja destacar, como os topos das suas maçãs do rosto. Adicionar um pouco na ponte de seu nariz fará com que pareça mais esbelta. Misture bem.
  4. 4
    Aplique o pó compacto em todo o seu rosto com a esponja de pó, garantindo que não aja linhas em torno de sua mandíbula ou couro cabeludo.

    Adicionando cor

  1. 1
    Aplique uma pequena quantidade de blush nos topos das suas maçãs do rosto e misture bem. Escolha o blush que melhor combina com a cor natural de seus lábios. Qualquer coisa muito escura ou pálida vai parecer uma fantasia e falso demais, e tudo que você precisa é de um visual natural ruborizado.
  2. 2
    Comece no canto interno de cada pálpebra superior, trace uma linha com o lápis delineador tão perto dos cílios quanto possível, estendendo a linha para o canto externo do olho. Se você escolher a linha das pálpebras inferiores, certifique-se de que o lápis seja muito forte, e fique bem perto dos cílios de modo a evitar um olhar "guaxinim".
  3. 3
    Aplique uma sombra neutra em suas pálpebras superiores. Use uma sombra mais escura no vinco para criar definição.
  4. 4
    Aplique cuidadosamente o rímel em seus cílios superiores. Aplicar duas demãos irá garantir que seus cílios pareçam completos.
  5. 5
    Aplique o seu batom. Para um visual mais neutro, escolha uma cor que seja similar à cor natural de seus lábios, com um pouco de brilho. Para um visual mais ousado, use um vermelho brilhante ou coral. Trace seus lábios com cuidado, e adicione um pouco de brilho claro no centro de sua boca a fim de fazer com que os lábios pareçam mais cheios.
Dicas & Advertências

  • O contorno é importante, especialmente se você tem características gerais. Aplicar corretivo escuro em torno de sua linha da mandíbula e os lados de seu nariz irá suavizar e feminilizar o seu rosto.
  • Para um visual mais arrojado, substitua as cores neutras dos olhos por azuis brilhantes, verdes e roxos.