O cinema independente e até o cinemão comercial já descobriram um filão que rende boas histórias e algumas sequências memoráveis. A sexualidade humana nunca esteve tão dependurada nas telas. Seja lá qual for a opção, a diferença, a intolerância, a liberdade e as escolhas são questões que ajudam a construir bons roteiros e a discutir preconceitos.
Minha Vida em Cor-de-Rosa (Ma Vie en Rose), de Alain Berliner, conta as desventuras do garoto Ludovic (o ótimo Georges du Fresne). Ele cresce imaginando que nasceu no corpo errado: na verdade, acredita ser uma menina. Logo na primeira sequência, aparece em uma festinha promovida pelos pais para atrair a nova vizinhança em um lindo vestidinho. A impressão e o mal-estar não saem das cabecinhas dos vizinhos, que começam a pressionar e ridicularizar o garoto.
A rejeição se estende aos pais, aos colegas e a qualquer um que se aproxime de um sintoma de homossexualidade tão latente. Ludovic refugia-se do tormento em um mundo róseo, onde só cabem a boneca Pam, uma Barbie espevitada, e o apoio afetivo da avó (Helene Vincent).
O filme fez sucesso nos festivais gays e em mostras de cinema. Trata-se enfim de uma filme honesto, de narrativa mais lenta e cheio de nuances interessantes. A interpretação do protagonista, a valorização das cenas através dos movimentos lentos da câmera e a atenção aos detalhes ajudam na construção do personagem e mostram a delicadeza de suas questões em meio a essa luta para se sentir aceito e não saber como agir para conseguir isso e nem entender a realidade, seja ela cruel e hipócrita ou ingênua e esperançosa.
MINHA VIDA EM COR-DE-ROSA
Título Original: Ma Vie en Rose
País de Origem: Bélgica/França/Inglaterra
Ano: 1997
Duração: 110min
Diretor: Alain Berliner
Elenco: Michele Laroque, Georges Du Fresne e Jean-Philippe
Minha Vida em Cor-de-Rosa (Ma Vie en Rose), de Alain Berliner, conta as desventuras do garoto Ludovic (o ótimo Georges du Fresne). Ele cresce imaginando que nasceu no corpo errado: na verdade, acredita ser uma menina. Logo na primeira sequência, aparece em uma festinha promovida pelos pais para atrair a nova vizinhança em um lindo vestidinho. A impressão e o mal-estar não saem das cabecinhas dos vizinhos, que começam a pressionar e ridicularizar o garoto.
A rejeição se estende aos pais, aos colegas e a qualquer um que se aproxime de um sintoma de homossexualidade tão latente. Ludovic refugia-se do tormento em um mundo róseo, onde só cabem a boneca Pam, uma Barbie espevitada, e o apoio afetivo da avó (Helene Vincent).
O filme fez sucesso nos festivais gays e em mostras de cinema. Trata-se enfim de uma filme honesto, de narrativa mais lenta e cheio de nuances interessantes. A interpretação do protagonista, a valorização das cenas através dos movimentos lentos da câmera e a atenção aos detalhes ajudam na construção do personagem e mostram a delicadeza de suas questões em meio a essa luta para se sentir aceito e não saber como agir para conseguir isso e nem entender a realidade, seja ela cruel e hipócrita ou ingênua e esperançosa.
MINHA VIDA EM COR-DE-ROSA
Título Original: Ma Vie en Rose
País de Origem: Bélgica/França/Inglaterra
Ano: 1997
Duração: 110min
Diretor: Alain Berliner
Elenco: Michele Laroque, Georges Du Fresne e Jean-Philippe
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